Quando a Experiência Conta: O Psicólogo e os Casos de Ansiedade Aguda
- Stenio Marcus Castro
- 14 de abr.
- 3 min de leitura
Respira, Vai Ficar Tudo Bem
Ansiedade não é só uma preocupação a mais. Não é apenas o "frio na barriga" antes de uma apresentação, nem o pensamento acelerado diante de uma escolha importante. Para quem sofre com crises intensas, a ansiedade é um invasor silencioso que ocupa o corpo e rouba a paz.
Ela aperta o peito, engasga a respiração, embaralha os pensamentos, desregula o sono, corrói a concentração e, aos poucos, vai empurrando a pessoa para um estado de alerta constante — como se algo ruim estivesse prestes a acontecer o tempo todo, sem aviso, sem trégua.
Atender alguém nesse estado não é simples. Requer algo que não se aprende apenas em livros ou em cursos de fim de semana. É aí que a experiência do psicólogo se torna um diferencial real — não como um título pendurado na parede, mas como um acúmulo vivo de escuta, manejo, presença e acolhimento.
A escuta que se afina com o tempo
Ao longo de mais de 14 anos de atuação clínica, aprendi que o sofrimento humano não tem receita. Duas pessoas podem descrever "ansiedade", mas cada uma vivencia de um jeito: uma com sudorese e insônia; outra com crises de choro e sensação de morte iminente. Algumas conseguem descrever com clareza; outras só dizem: "Parece que estou perdendo o controle."
É com o tempo — e com o exercício constante da escuta — que o terapeuta aprende a decifrar aquilo que ainda não foi dito, a perceber os padrões sutis por trás de sintomas intensos. Aprendemos a ouvir além da queixa, a sustentar o silêncio quando o paciente não encontra palavras, e a dar nome aos sentimentos que antes só vinham como peso no corpo ou confusão na mente.
Casos graves exigem preparo emocional
Uma crise aguda de ansiedade não é apenas desconfortável. Ela pode ser desorganizadora. Muitas pessoas chegam à terapia depois de irem ao pronto-socorro acreditando que tinham algo grave no coração. Outras relatam que passaram a evitar sair de casa, dirigir, estar em lugares fechados — por medo de “passar mal de novo”.
É fundamental, nesses casos, que o terapeuta tenha estrutura emocional, formação sólida e um histórico clínico de enfrentamento dessas situações. Porque a função da psicoterapia não é apenas acolher — é ajudar a reorganizar. É dar recursos, nomear o caos, reconstruir um senso de segurança que, muitas vezes, está profundamente abalado.
E isso não se improvisa.
É a experiência que nos ensina, por exemplo, a diferenciar uma crise de ansiedade de um episódio depressivo mascarado; a perceber quando o paciente precisa de regulação emocional ou quando está pronto para elaborar traumas mais profundos.
É a experiência que nos ensina o que não fazer também — quando o silêncio vale mais que a fala, quando uma confrontação precoce pode retraumatizar, e quando é necessário trabalhar em conjunto com psiquiatras ou outros profissionais da saúde.
Você não precisa passar por isso sozinho
Se você tem enfrentado sintomas como tensão constante, crises de pânico, preocupação excessiva, dificuldade para relaxar ou sensação de estar no limite, talvez já tenha se perguntado: “Será que eu dou conta?”
Minha resposta é: você não precisa dar conta sozinho.
A psicoterapia é um espaço para reconfigurar o que está doendo, entender as raízes da ansiedade e construir — com tempo, cuidado e técnica — formas mais saudáveis de lidar com o mundo, com as pressões e, principalmente, com você mesmo.
Com o apoio certo, é possível recuperar o ritmo, a respiração, a qualidade do sono, o foco... e também a confiança em si mesmo.
💬 Se você sente que chegou no seu limite, talvez seja hora de começar um processo de cuidado psicológico estruturado.
📞 Agende uma sessão ou entre em contato comigo para conversarmos.
🧠 A psicoterapia pode ser o primeiro passo para você respirar de novo — com presença, leveza e verdade.

✍️ Por Stênio Castro
Psicólogo clínico há 14 anos, especializado em saúde mental de adultos com foco em ansiedade, estresse e esgotamento psíquico.



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